domingo, 17 de março de 2013


 É vô, esse ano se completam 7 anos que o senhor partiu e confesso que ainda não aceitei essa ideia. Minha mente aceitou, mas meu coração ainda sente sua falta. Foram 13 anos de convivência e durante esse tempo o senhor não chegou a me ver como eu era, pois o derrame te deixou praticamente cego,mas mesmo assim, não sei como, me reconhecia quando eu adentrava em sua casa.  
 Passar as férias no Nazaré já não eram mais a mesma coisa depois que o senhor se foi, acho que é porque o tinha seu charme especial que sempre me arrancava uma gargalhada, mas esse charme se foi em outubro de 2006. O senhor era chato, falava palavrões, adora bancar o forte, fumava muito, tinha vários defeitos, mas mesmo assim, pra mim sempre foi perfeito.
 Com o senhor aprendi que devemos aproveitar sempre cada segundo que passamos ao lado de uma pessoa querida, pois estes podem ser os últimos.
 Hoje acordei com uma tremenda saudade sua. Me bateu uma nostalgia, recordações da minha infância que eu daria tudo pra revivê-las por que nelas estava sempre com o senhor. Te amo meu velho e o que mais queria é poder te falar isso agora, pessoalmente e podendo apertar novamente sua mão e sentir seu abraço, e quem sabe, eu e o senhor disputaríamos  mais uma das quedas de braços que costumávamos fazer.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Um grande ídolo: O grande Tostão





 Prata da casa do Cruzeiro, ele é o maior artilheiro da história do clube com 249 gols em 373 jogos com o manto celeste.  Eduardo Gonçalves de Andrade, o grande Tostão, nasceu no dia 25 de janeiro de 1947 em Belo Horizonte. Indiscutivelmente um dos maiores craques que já desfilaram pelo cenário do futebol brasileiro e um dos maiores ídolos da história celeste.

 Iniciou a sua carreira nas categorias de base do Cruzeiro em 1961, transferindo-se no ano seguinte para a base do América-MG. Em 1963 retorna ao clube celeste, no qual sobe para a equipe profissional atuando até 1972, ano em que se transferiu para o Vasco da Gama.

 Pelo Cruzeiro Tostão conquistou a Taça Brasil (1966), Campeonato Mineiro (1965 a 1969) e o Torneio Início de Minas Gerais (1966) entre outros torneios regionais. Foi artilheiro da última Taça de Prata (1970) com 12 gols, Campeonato Mineiro (1965 a 1968) e das Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970 com 10 gols. Fez parte do triângulo mais famoso da história do futebol brasileiro, formado por Tostão, Piazza e Dirceu Lopez. Foi decisivo na maior goleada sofrida pelo Santos de Pelé, por 6x2 no primeiro jogo da final da Taça Brasil de 66 no Mineirão. No jogo seguinte o Cruzeiro se sagrou campeão ao derrotar a equipe santista por 3x2 em São Paulo. Após o jogo foi chamado de o “Rei Branco” pela imprensa brasileira, já que Pelé era o “Rei Negro”, mas rejeitava o apelido, pois pra ele, apenas Pelé era o Rei.

 Fez sua última partida pelo clube no jogo contra o Nacional de Uberaba, em abril de 1972, o jogo acabou em 2x2, no mesmo ano transferiu-se para o Vasco da Gama, na maior transação da história do futebol brasileiro até aquele ano. Pelo Vasco jogou 44 vezes marcando 7 gols. Devido ao deslocamento da retina no olho esquerdo, trauma que o jogador vinha enfrentando desde 1969, teve que “dependurar as chuteiras” aos 26 anos.

 O Mineirinho de Ouro, apelido pelo qual era chamado pela imprensa mineira, atuou 65 vezes pela Seleção Brasileira e marcou 36 gols. Foi um dos grandes nomes da Copa de 70, onde se sagrou campeão do mundo, sua maior conquista com a camisa “9” canarinha. Sendo considerado pela imprensa europeia como o melhor jogador da Copa. O craque que era dúvida para o mundial devido ao drama que vivia causado pelo deslocamento da retina do olho esquerdo, foi uma das apostas de Zagallo o então técnico da seleção. Zago foi feliz em sua aposta e o Brasil viu Tostão desfilar a sua magia em campo, armando grandes jogadas e juntamente com Pelé e Cia, levou o Brasil ao tricampeonato mundial.

 Tostão ficou marcado pela sua genialidade em campo, pela sua visão de jogo que sempre resultava em grandes jogadas, além de suas cobranças de faltas. E após encerrar sua carreira passou na escola de Medicina da UFMG e se dedicou a medicina, se tornando o Dr. Eduardo. Em 1994 volta ao mundo do futebol, agora como comentarista esportivo, em 1997 lança o livro “Lembranças, Opiniões e Reflexos sobre Futebol”, pela editora DBA de São Paulo e hoje é colunista no jornal “Folha de S.Paulo”.